jueves, 18 de abril de 2024

LOS ANFITRIONES LATINOAMERICANOS

La cultura latinoamericana es más abierta que la de los países del Primer Mundo. El individualismo existe, pero no es la norma general. Los latinoamericanos poseen una apertura a conversar todo el tiempo, a compartir sus vidas incluso con personas a las que apenas acaban de conocer. El nivel de ingresos que la persona posea también determina sus costumbres al relacionarse con los demás. 

En los sectores pobres, las casas son pequeñas y es costumbre que al estar en ellas las personas mantienen la puerta abierta. La calle se convierte en un espacio de convivencia comunitaria. Los niños y jóvenes del barrio socializan afuera mientras sus padres ven desde casa. La puerta abierta es una invitación a pasar. Cualquier vecino puede entablar una conversación desde la calle con la persona que se encuentra dentro de su casa. Normalmente quien se encuentra afuera es invitado a pasar adelante. Pero si la persona tomara la iniciativa de entrar tampoco sería mal visto, siempre y cuando se trate de un vecino conocido.

 

Dentro de la casa sí hay limitaciones. Las personas pueden sentirse libres de entrar a una casa, pero no irán más allá de la sala. Solo si el anfitrión se lo indica la persona puede pasar al comedor. Las habitaciones son respetadas y en muy raras ocasiones los visitantes entran en ellas.

 

En los vecindarios de clase media los vecinos interactúan menos. Pueden saludarse en la calle o al encontrarse en algún lugar, pero al llegar a casa, cierran la puerta tras sí. Es solo para ciertas reuniones sociales que las personas son invitadas a casa, lo cual, ocurre pocas veces en el año. En los barrios ricos el individualismo es total. Las casas permanecen cerradas y, con frecuencia, los mismos vecindarios. Solo quienes residen en el barrio pueden ingresar. Normalmente las personas no interactúan con sus vecinos a quienes muchas veces no conocen.

 

Los barrios populares son tierra fértil para el trabajo celular. Esto no significa que no se puedan abrir células en los vecindarios de clase media o alta, pero sí hay que tener en cuenta que el ritmo de multiplicación será bastante más lento. Como en los pasados 2000 años de historia del cristianismo, el evangelio encuentra hoy su mejor acogida en los sectores pobres y marginados.

 


TRADUCCIÓN AL INGLÉS

 

Latin American hosts

Latin American culture is more open than most first-world countries. Individualism exists, but it is not the general norm. Latin Americans are always open to talking and sharing their lives, even with people they have just met. The level of income that the person possesses also determines their customs when relating to others.

In the poor sectors, the houses are tiny, and it is customary that, being in them, people keep the door open. The street becomes a space of community coexistence. Children and young people socialize outside while their parents see them from home. The open door is an invitation to enter. Any neighbor can start a conversation from the street with the person inside their house. Typically, the person outside is invited to come into the house. But if the person took the initiative to enter, it would not be frowned upon either, as long as it is a known neighbor.

Inside the house, there are limitations. People may feel free to enter a house but not go beyond the living room. Only if the host indicates it can the person pass to the dining room. The rooms are respected, and on infrequent occasions, visitors enter them.

In middle-class neighborhoods, the neighbors interact less. They can greet each other on the street or meet somewhere, but they close the door after themselves when they get home. People are invited home only for certain social meetings, which occur infrequently during the year. In affluent neighborhoods, individualism is very strong. The houses remain closed, and, often, the neighborhoods too. Only those who reside in the neighborhood can enter. Usually, people do not interact with their neighbors whom they often do not know.

Popular neighborhoods are fertile land for cell work. This does not mean cells cannot be opened in middle or upper-class neighborhoods, but the multiplication rhythm will be much slower. As in the past 2000 years of Christian history, the Gospel today finds its best reception in the poor and marginalized sectors.


TRADUCCIÓN AL PORTUGUÉS 

Anfitriões latino-americanos

A cultura latino-americana é mais aberta do que a da maioria dos países do primeiro mundo. O individualismo existe, mas não é o padrão de comportamento. Os latino-americanos estão sempre dispostos a conversar e a compartilhar o que acontece em suas vidas, mesmo com pessoas que acabaram de conhecer. O nível de rendimentos das pessoas também determina seu modo de se relacionar com outras pessoas.

Nas áreas mais pobres, as casas são pequenas e um dos costumes relacionados com isso é de que quando as pessoas estão em casa, elas mantêm as portas abertas. A rua passa a ser um espaço de coexistência comunitária. As crianças e os jovens se socializam do lado de fora das casas, observados pelos seus pais que estão dentro de casa. A porta aberta é um convite a entrar. Qualquer vizinho pode começar uma conversa da rua com alguém que esteja dentro de casa. Nestes casos, normalmente a pessoa é convidada a entrar na casa. Ainda que a iniciativa tenha sido do visitante, isso não seria visto de uma forma errada, contanto que seja um vizinho conhecido da família da casa. 

Uma vez dentro de casa, há limites a respeitar. As pessoas podem se sentir à vontade para entrar na casa, mas não para ir além da sala de estar. O visitante só poderá se dirigir à sala de jantar se o anfitrião fizer o convite. Os quartos são respeitados e é incomum que os visitantes entrem ali.

Nos bairros da classe média, os vizinhos interagem menos. Eles podem se cumprimentar na rua ou até se encontrar em algum outro lugar, mas fecham a porta ao entrarem em casa. As pessoas são convidadas a visitar as casas apenas em determinados encontros sociais, que ocorrem sem muita frequência ao longo do ano. Nas vizinhanças mais ricas, o individualismo é muito forte. As casas permanecem fechadas e muitas vezes a própria vizinhança também. Somente os residentes naquela vizinhança podem entrar no local. As pessoas normalmente não interagem com os vizinhos, que normalmente também não são conhecidos.

Os bairros mais populares são um solo fértil para o trabalho das células. Isso não significa que as células não podem ser abertas em bairros de classe média ou alta, mas o ritmo da multiplicação será bem mais lento. Assim como nos últimos 2000 anos na história do Cristianismo, o Evangelho encontra sua melhor receptividade entre os setores mais pobres e marginalizados.

No hay comentarios: